sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Epidemia de dengue assusta moradores de Ribeirão Preto






15/01/2010 - 08h01 ( - G1)
A cidade de Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, vive uma epidemia de dengue, segundo a prefeitura do município. Desde o início do ano, foram 77 casos confirmados e 310 suspeitos da doença. O controle esbarra na resistência de alguns moradores, que dificultam o combate aos vetores.

Checar diariamente os vasos e ralos da casa não foi suficiente para evitar que Laís Lima fosse contaminada com dengue. Ela passou o fim de ano de cama, com febre alta e muitas dores no corpo. A suspeita é que a estudante pegou a doença no bairro onde mora. "Passei o ano novo sentada, deitada, tudo mundo comemorando e eu de cama", disse a estudante

Na mesma rua, na casa ao lado, o pai e o irmão da enfermeira Rita de Cássia Vanci também ficaram doentes no fim do ano. Segundo ela, houve demora do controle de vetores para fazer o bloqueio da doença.

"A minha preocupação é que nós tivemos dois casos nesta cada, um na casa ao lado e outros dois na casa do lado direito, inclusive uma criança de 5 anos. Então são cinco casos desde o dia 18 de dezembro", afirmou.

A região sul da cidade é a que mais preocupa pelo grande numero de habitantes e de focos. Ela também é a que mais dá trabalho para os agentes, porque muitos moradores não abrem as portas para o bloqueio com o veneno.

"A gente tem encontrado uma resistência dos moradores, estamos tendo muitas recusas, e o numero de imóveis fechados tem sido grande. A gente acaba tendo que voltar mais de uma vez para tentar resolver o problema", disse o supervisor de campo André Sanchez.

Em 2009, foram registrados mais de 8 mil casos em todo o estado de São Paulo. "Nós estávamos esperando, estamos vindo em uma curva ascendente desde outubro, e esse mês está mostrando o risco", afirmou a diretora da Vigilância em Saúde da cidade, Maria Luiza Santa Maria.

"Infelizmente ainda as residências, os moradores ainda não tomaram consciência da importância do controle dessa doença. Nós temos muitas casas fechadas, pedimos que as pessoas colaborem, deixando a chave com o vizinho para que nós possamos fazer a vistoria", disse ela.

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