Ribeirão Preto vive epidemia de dengue.

Publicada em 15/01/2010 às 09h57m
ALERTA

Ribeirão Preto, em SP, vive epidemia de dengue

Bom Dia São Paulo.

SÃO PAULO - A cidade de Ribeirão Preto, a 319 km de São Paulo, está vivendo uma epidemia de dengue. Segundo a prefeitura do município, foram registrados 77 casos nos últimos 15 dias e 310 suspeitas da doença. O principal problema é a resistência dos moradores em permitir que agentes da vigilância sanitária entrem nas casas para detectar focos do mosquito. Em vistorias feitas no ano passado, os agentes retiraram mais de 19 toneladas de recipientes deixados expostos, onde o mosquito poderia se desenvolver.

A estudante Laís Lima foi contaminada com dengue e passou o fim de ano de cama, com febre alta e muitas dores no corpo. A suspeita é que a estudante tenha pegado a doença no bairro onde mora.

- Passei o ano novo deitada, tudo mundo comemorando e eu de cama - disse ela.

Temos encontrado resistência dos moradores. Muitos recusam a entrada dos fiscais e muitos imóveis ficam fechados

Na mesma rua, na casa ao lado, o pai e o irmão da enfermeira Rita de Cássia Vanci também ficaram doentes no fim do ano. Segundo ela, houve demora do controle de vetores para fazer o bloqueio da doença.

- A minha preocupação é que nós tivemos dois casos nesta casa, um na casa ao lado e outros dois na casa do lado direito, inclusive uma criança de 5 anos. Então são cinco casos desde o dia 18 de dezembro - afirmou ela.

A região sul da cidade é a que mais preocupa pelo grande número de habitantes e de focos. É a que mais dá trabalho para os agentes, porque muitos moradores não abrem as portas para o bloqueio com o veneno e o combate fica menos eficaz.

- Temos encontrado resistência dos moradores. Muitos recusam a entrada dos fiscais e muitos imóveis ficam fechados. A gente acaba tendo que voltar mais de uma vez para tentar resolver o problema - disse o supervisor de campo André Sanchez.

Em 2009, foram registrados mais de 8 mil casos em todo o estado de São Paulo.

- Nós estamos em uma curva ascendente de casos desde outubro, e este mês está mostrando o risco de uma grande epidemia na cidade - afirmou a diretora da Vigilância em Saúde da cidade, Maria Luiza Santa Maria.

- Infelizmente, os moradores ainda não tomaram consciência da importância do controle dessa doença. Nós temos muitas casas fechadas, pedimos que as pessoas colaborem, deixando a chave com o vizinho para que nós possamos fazer a vistoria - disse ela.